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"O Pingo Doce do Rossio, em Lisboa, foi invadido este sábado à tarde por um grupo de 30 desempregados e trabalhadores precários, que exige que esta empresa lhes entregue um cabaz de produtos, como fez com um outro desempregado há três semanas."
Apesar de não gostar do grupo Jeronimos Martins, pois acho que é um grupo com pouca ética empresarial, acho esta manifestação ridícula, até porque, vem estragar uma outra manifestação de um cidadão, que num gesto simbólico roubou um pacote de arroz porque não tinha dinheiro para comer e o pingo doce (numa estratégia de marketing uma vez que a comunicação acompanhou a manifestação desse cidadão que ia roubar um pacote de arroz) ofereceu um cabaz de natal.
Depois disto vem um grupo de manifestantes exigir (e não pedir) que o pingo doce lhe faça o mesmo como se fosse a obrigação do pingo doce.
Depois os argumentos são top: "lucra com as compras dos clientes", "Onde já se viu um empresário, ainda por cima riquíssimo e com fortuna investida na Holanda, ter lucro?" Eu não sei, mas acho que o grupo Jerónimo Martins está registado como uma entidade lucrativa e por essa razão é normal ter lucro, se assim não fosse, o pingo doce estaria registado com uma entidade sem fins lucrativos.
É verdade que para o pingo doce conseguir ter grandes margens de lucro, explora os funcionários e os seus fornecedores, mas isso não é apenas o pingo doce, e se ele faz isso é porque as autoridades o permitem, mas como disse no inicio, não gosto do grupo pela pouca ética empresarial, mas não se pode exigir que substitua a segurança social.
O que eu acho triste foi o que originou esta manifestação, o que originou foi o pingo doce ter oferecido um cabaz de natal a uma pessoa com necessidades e um grupo de egoístas virem exigir o mesmo.
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