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Em Vinhais, Penamacor e Idanha-a-Nova só 29% ganham a vida através do trabalho.
Este será o futuro, já falei sobre esse tema várias vezes no blog. Acredito que este vai ser o grande problema no futuro de Portugal que se deveria estar a combater agora em vez de impulsionar este acontecimento mais rapidamente.
A Marktest divulgou uma análise aos dados censitários que o INE compilou em 2011 e apurou que há 61 concelhos onde são mais os que têm na reforma a sua fonte de sustento do que no trabalho. Entre estes destacam-se os concelhos referidos no título: Vinhais, Penamacor e Idanha-a-Nova por terem uma população tão envelhecida que a população ativa empregada está em clara minoria apresentando-se como uma raridade em vias de extinção.
A dicotomia litoral interior é evidente e os Açores destacam-se por terem alguns dos concelhos onde o peso da população a viver de pensões é mais baixo. Uma realidade que não constitui propriamente uma novidade.
Estamos como estamos devido ao povo. A culpa é nossa.
Reparem que hoje todos criticam o governo, antes todos criticavam o PS, nas próximas eleições o PS vai ganhar e depois todos vão criticar o PS e andamos nisso. As pessoas criticam mas depois votam neles.....
Estes tipos fazem tudo para obter votos, pois só assim podem roubar e nós damos os votos para que eles nos possam roubar.
Porque é que as pessoas em vez de se manifestarem contra as consequência da crise (baixa de salários, desemprego, menos estado social...) não se manifestam contra o problema da crise - corrupção.
Todos os dias sai noticias sobre uma pequena (ou grande) fraude e ninguém diz nada, todos aceitam, foi assim no caso do BPN, no buraco da Ilha da Madeira, no Buraco do Sistema de Saúde, nos Swaps, submarinos..... Alguém saiu à rua?
A verdade é que todos nós aceitamos esse tipo de coisas, só não queremos ter as consequências, mas não queremos lutar contra o problema(em algum país civilizado o povo aceitava este tipo de corrupções sem qualquer consequência para os responsáveis?) e até damos força (nos votos) para o problema se manter e crescer.
A desculpa que o povo não está informado já não é desculpa, todos os dias se fala sobre o problema.
Acabei de ler uma noticia na rr e não é que o sindicato (segundo a noticia) consideram 100 mil euros uma esmola.
A noticia refere que o governo quer limitar até 100 mil euros o valor das indemenizações da funcionários da função pública da carreira tecnico superior.
Mas situação surpreende o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado. A sindicalista Helena Rodrigues garante que o STE não recebeu qualquer documento sobre esta matéria mas desde já rejeita as intenções do Governo.
“É absolutamente inaceitável que se faça coacção sobre qualquer grupo de trabalhadores para eles aceitarem uma esmola para irem para o desemprego. Aquilo que gostávamos mesmo era que o Governo pedisse aos dirigente dos ministérios que fizessem um levantamento de como é que podem pôr os serviços a funcionar melhor e não como é que as pessoas podem ir embora, porque isso é com certeza um pior serviço público”, garante a sindicalista.
Eu nunca pensei que um funcionário ao ser despedido pudesse receber 100 mil euros de indemnização, mas a verdade é que isso deve acontecer com muita frequência.
Já manifestei a minha opinião sobre os funcionários públicos, acho que existe a necessidade de despedir funcionários, grande parte por justa causa, ou com indemnizações justas e não com o objectivo de a pessoa ficar rica ao ser despedido.
Esses despedimentos que devem acontecer, deveriam ser de acordo com as competências e o trabalho realizado ( avaliações de trabalho), de modo a que os melhores e mais competentes possam ficar, e que aqueles que pouco ou nada fazem e que estão apenas a comer o dinheiro do Estado sejam despedidos (que ainda devem ser muitos), uns por justa causa outros com indemnizações justas.
Por não falar da quantidade de funcionários corruptos que ainda estão no estado e que deveriam ser despedidos por justa causa e se alguém deveria indemnizar seriam esses funcionários.
E talvez assim, ao despedir os funcionários incompetentes e pouco produtivos, despedir os corruptos, criar um sistema de avaliações eficaz, talvez seja uma forma de meter os serviços públicos a funcionar melhor.
E quem sabe se não iria evitar coisas deste tipo:
É precisamente isto que está a acontecer, enquanto que 25% dos Portugueses estão em risco de pobreza, existe cada vez mais milionários com mais fortunas.
Um em cada quatro portugueses está em risco de pobreza ou de exclusão social.
De acordo com os dados da Eurostat, em 2012, um quarto da população portuguesa (25,3%) encontrava-se em risco de pobreza. Uma percentagem que traduz que 2.7 mil portugueses podem cair abaixo do limiar de pobreza tendo havido um aumento de 0,9 pontos percentuais, em relação a 2011.
Destes, 8,6% dos portugueses estão em situação de privação material grave e 10,1% viviam em casa dos pais com muito fraca intensidade de trabalho.
No outro lado oposto, Portugal é o décimo segundo país da Europa onde há mais multimilionários e está no grupo dos países onde se registou um aumento de mais de 10%. Acima de Portugal nesta tabela, com um aumento de 10,8% do número de multimilionários, está apenas a Alemanha (13%), Roménia (12%), Grécia e Sérvia (ambas com uma subida de 11,1%).
No total, a fortuna dos 870 multimilionários portugueses aumentou 10 mil milhões de dólares (7,5 mil milhões de euros), apesar da crise económica que assola o país.
O estudo da UBS aponta ainda que 23% da riqueza total do planeta está nas mãos de 2170 multimilionários, a maioria concentrada na Europa e na América do Norte.
E assim se pode concluir que, em Portugal (e um pouco por toda a Europa) existe cada vez mais pobres e cada vez mais ricos, acabando por haver um extinção da classe média. Um dos grandes problemas tem a ver com a distribuição de rendimentos, como já referi, um rico só é rico por teve a ajuda do pobre e por isso não faz sentido um ser pobre e o outro ser rico.
outros posts relevantes:
Recentemente publiquei aqui um post sobre A desigualdade na distribuição de rendimentos em Portugal vs Europa, onde se verifica a grande desigualdade na distribuição de rendimentos em Portual.
Num outro post, dei a minha opinião sobre uma comentadora que dizia ser contra a troika quando esta diz que os salários em Portugal deveriam baixar, essa comentadora disse isso num programa em que a apresentadora recebe um salário de muitos milhares de Euros. A troika diz que os salários são muito altos... mas não é verdade?.
Nesse post também referi que "os salários são mais justos no público, ou seja, salários mais altos para cargos que não são de topo e salários mais baixos para cargos de topo em relação ao privado. Acontece que isso é na teoria, porque todos nós sabemos que na função pública existe outro tipo de regalias e de fraudes por parte dos funcionários com cargos de topo na função pública."
Como todos nós sabemos existem grandes empresas que estão a receber grandes lucros, uma parte desses lucros deve-se a salários muito baixos por parte dos cargos inferiores, em 2009 os lucros das 1000 maiores empresas subiu em 174%.
Hoje, vi uma noticia de uma país civilizado em que a população vai votar sobre uma medida que limita o salário máximo numa empresa de 12 vezes o salário mais baixo da empresa.
Esta medida é uma forma de combater a desigualdade na distribuição de rendimentos, sendo que deveria ser aplicada urgentemente em Portugal, mas como é obvio não existe vontade para que isso aconteça.
Se a medida em Portugal fosse aplicada, grande parte dos dirigentes não podiam ganhar mais que 6 000€ mensais.
http://expresso.sapo.pt/suicos-referendam-limite-a-salarios-milionarios=f842363
Estive a ver por alguns minutos o programa da manhã da sic, e uma comentadora que falou sobre a atualidade de Portugal, diz que a troika acha que os salários em Portugal são elevados e recomendam baixar os salários.
A comentador acha que a troika não vive na realidade e que os salários em Portugal são muito baixos. Eu também concordo, mas dizer isso num programa em que é apresentado pela Julia Pinheiro que ganha (segundo o que veio na comunicação social) entre 25 mil € a 30 mil € por mês é que não parece muito bem.
Na minha opinião os salários em Portugal são baixos, mas existe salários muito elevados que não correspondem à realidade de Portugal, que se vai traduzir, de alguma forma, sobra o facto de sermos um dos países com maior desigual na distribuição de rendimentos da Europa, que falei no post anterior.
Na minha opinião, os salários são mais justos no público, ou seja, salários mais altos para cargos que não são de topo e salários mais baixos para cargos de topo em relação ao privado. Acontece que isso é na teoria, porque todos nós sabemos que na função pública existe outro tipo de regalias e de fraudes por parte dos funcionários com cargos de topo na função pública.
Ou seja, na teoria os salários na função pública são mais justos (mas que não são aplicados na pratica) e no privado no geral são injustos. Como todos nós sabemos existem grandes empresas que estão a receber grandes lucros, uma parte desses lucros deve-se a salários muito baixos por parte dos cargos inferiores, em 2009 os lucros das 1000 maiores empresas subiu em 174%.
O governo pretende fazer um Lotaria de Faturas. O sorteio começa já em Janeiro e pretende sortear carros a quem pedir faturas nas compras que faz. Os sorteios são semanais.
Tudo o que tem fazer é pedir fatura/recibo em todas as compras com o seu número de contribuinte.
Num país em que os jogos da sorte fazem milhões, em que todos os dias existe um sorteio, totoloto, totoloto 2, euromilhões ( 2 vezes por semana), joker... O Estado vai apostar e bem, numa área que os portugueses procuram para sair da crise "Soluções e dinheiro fácil".
De qualquer das formas, acho que é uma boa medida para tentar combater a fraude fiscal. Não é uma medida inovador a nível mundial porque já existe este tipo de sorteios em vários países. Mas será uma forma para sensibilizar e educar as pessoas a pedir faturas/recibos.
Mas existe outras medidas que deveriam ser acompanhadas desta, uma delas seria fazer com que o dinheiro arrecadado dos impostos nos bens/serviços comprados fossem para no futuro reduzir a carga fiscal em Portugal e para a população receber mais e melhor do Estado social. Deveria ser explicado de forma transparente para onde vai o dinheiro dos nossos impostos.
Será que os carros e os prémios que vão ser sorteados são o resultado das penhoras do Estado? E se o carro sorteado for para uma pessoa com dividas ao Estado? Esse carro é logo penhorado?
E se invertêssemos um pouco a lógica?
A minha sugestão, Se todos os políticos administradores, directores... da função publica ganhassem todos 1000€ mensais sem mais nenhuma regalia. A acrescentar a esse valor haveria a possibilidade ganhar um prémio ( até podia ser bem chorudo) por cada fraude ou corrupção que denunciassem na função pública ou no privado.
E se os Juízes ganhassem todos também 1000€ sem mais regalias, havendo a possibilidade de ganharem um prémio por cada corrupto condenado e responsabilizado. Com a ganância dos políticos, directores, administrativos... começavam-se a denunciar todos uns aos outros e os juízes ( com a sua ganância) começavam a condenar e a responsabilizar todos esses corruptos. Seria uma forma para incentivar o combate à corrupção e se desse resultado, Portugal saia da crise num piscar de olhos.
Os Portugueses pagam um elevado número de impostos, seria de esperar que também tivesse um estado social forte, mas porque é que isso não acontece.
Existe muitos motivos para que isso não acontece, vou apenas falar num deles, que será um dos que têm maior peso.
O problema não é o facto do enorme peso que tem o Estado, o problema é como funciona.
Existe vários modelos:
- Existe os países do Norte em que as pessoas descontam e pagam muitos impostos para o estado e que o estado tem um grande peso. E as coisas funcionam bem, a saúde é gratuita, o ensino é gratuito, praticamente não existe pobreza, a taxa de desemprego é muito baixo, a qualidade de vida é muito superior aos países do Sul.
- Existe outros países em que o peso do estado é menor. Ou seja, existe pouca intervenção do estado social. Mas as coisas também funcionam bem, as pessoas contribuem pouco para o estado, tem grandes rendimentos, a taxa de desemprego é baixa e tem uma boa qualidade de vida.
Nestes dois modelos de sucesso podemos tirar as seguintes conclusões lógicas:
1- Nos países em que as pessoas pagam e contribuem mais recebem muito do estado.
2 -Nos países em que as pessoas pagam e contribuem menos recebem menos do Estado.
O que acontece em Portugal é que nós temos os dois exemplos cima incorporados mas pelas piores razões, em Portugal temos o seguinte modelo:
- As pessoas pagam e contribuem mais e recebem menos do Estado.
Mas se pagamos e contribuimos muito para o estado e recebemos pouco, para onde vai o dinheiro?
Esse é um dos grandes problemas de Portugal. Nos países Nórdicos em que as pessoas pagam e e contribuem muito para o Estado, mas que também recebem muito do Estado não existe corrupção, fraudes, desvios de dinheiro, grupos de interesse.... Prova disso foi o mais recente estudo, em que a Dinamarca foi considerada um dos países menos corruptos e Portugal foi considerado um dos Países mais corruptos da Europa.
O que acontece em Portugal é que os contribuintes estão a pagar grande parte da corrupção ( que é muito elevada), por outras palavras, os contribuintes pagam o pouco estado social que existe e pagam o grande número de corrupção que existe.
Na minha opinião só existe uma de duas saídas.
1- Os contribuintes pagarem e contribuírem muito para o Estado social e terem esse retorno ( através do Estado social). E para isso, só é possível se os contribuintes deixarem de financiar a corrupção, ou seja, acabando com a corrupção.
2- Os contribuintes pagarem e contribuírem menos para o Estado e termos menos retorno. E para isso só é possível se os contribuintes deixarem de financiar a corrupção, ou seja, acabando com a corrupção.
Nos dois casos, é necessário acabar com a corrupção.
O que eu não consigo perceber ( e agora vamos ao titulo) é porque é que os partidos de oposição, os sindicatos, as entidades que defendem os trabalhadores e contribuintes não fazem qualquer pressão ou exigem o fim de um dos maiores problemas de Portugal e sem o qual é impossivel evoluir e dai a minha pergunta: Porque é que os sindicatos e partidos de oposição não exigem um combate à corrupção?
Sendo Portugal um dos países mais corruptos da UE será que os partidos da oposição, sindicatos e outros não fazem nada porque também estão inseridos nessa corrupção?
Há 4533 pensionistas a receber mais de 4000 euros por mês - o número mais do que quadruplicou em 10 anos. Em média, custam à Caixa Geral de Aposentações cerca de 20 milhões de euros por mês, ou seja, 285 milhões/ano.
Por outro lado, segundo os dados oficiais, a média dos primeiros seis meses do ano atira o valor da reforma em Portugal para os 397,17 euros por mês.
Em Bragança a média é de 293,60 euros, onde os reformados recebem valor abaixo do limiar da pobreza. A média das reformas para mulheres também está abaixo do limiar da pobreza.
O valor das pensões tem vindo a diminuir, com sucessivas revisões legislativas. Com as alterações introduzidas, espera-se que a pensão média sofra um corte de 40% a 50% até 2050 segundo estudos da OCDE e do Banco de Portugal.
Segundo um estudo realizado em 2008, Portugal é o país europeu com as pensões mais baixas, a seguir à Hungria e à República Checa, e tem ainda um desfasamento de menos 109 euros entre o que é recebido e o montante que seria necessário para fazer face às despesas domésticas.
Se existe dinheiro para pagar reformas milionárias, porque não existe dinheiro para subir as reformas que estão abaixo do limiar da pobreza?
E como é que se paga essas reformas milionárias se não temos dinheiro?
R: Para isso existe uma coisa chamada divida, pede-se dinheiro emprestado para pagar as reformas milionárias comprometendo várias gerações futuras.
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