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Pode ser de mim, mas não existe uma medida que tenha pés nem cabeça... Agora quem não tem filhos vai pagar mais de IRS e quem têm filhos paga menos.
"Se as propostas da Comissão de Reforma do IRS forem em frente, a introdução de um quociente familiar no apuramento do rendimento sujeito a imposto (o coletável) irá fazer com que as famílias com dois filhos vejam a sua fatura com IRS reduzir-se, em média, em 206 euros. Já os contribuintes sem dependentes devem preparar-se para uma subida de 46 euros na coleta líquida."
Incentivos à natalidade não pode passar por incentivar quem não quer ter filhos a ter, por uma questão de poupança. Um sistema idêntico foi implementado em França em que o resultado foi o aumento da taxa de natalidade nos imigrantes que aproveitaram esse sistema para terem melhores condições e mais regalias no sistema social francês.... (é certo que em França os apoios eram de outra dimensão e muitos vitalícios, passando mesmo para a reforma de quem teve filhos)
Não se pode beneficiar os pais que tem filhos, mas sim beneficiar quem quer ter filhos reduzindo a despesa e os encargos com a educação, saúde, lazer (dos filhos)... Em vez desta medida porque não beneficiar as crianças com material escolar gratuito, saúde gratuita, alimentação gratuita (dos filhos) mais segurança nas escolas, melhor educação....
Porque penalizar as pessoas que não querem ter filhos?
À cerca de um ano expliquei qual a minha opinião para a redução da taxa de natalidade em Portugal (mas não só) no post "
Em 2060 mais que 32% da população portuguesa vão ser velhos." em que referi " houve uma grande mudança de culturas, hoje a maioria dos jovens dão mais importância à vida profissional do que há alguns anos. Hoje o papel da mulher é completamente diferente, as jovens actualmente são qualificadas, estudaram anos e anos e foram sempre orientadas para o trabalho e nunca para a família nem para o papel de mãe. " mais que tudo a redução da taxa de natalidade deve-se à mudança de cultura muito por culpa da pressão da sociedade nos jovens sobre a sua vida profissional, a sua carreira...
Explicando o meu pensamento, não acho que penalizando quem não têm filhos e beneficiando quem têm (financeiramente) seja uma boa aposta. A subida da taxa de natalidade passa por uma mudança de cultura. Sou licenciado e durante a minha educação (escolar) nunca se falou em família nem da importância da mesma, nunca me orientaram para a importância de constituir uma família... Mas sim para a minha vida profissional.
Se cada vez mais as crianças passam o dia todo na escola e o assunto família nunca é abordado, se as crianças quando chegam a casa muitas das vezes não estão com a família, se a sociedade apenas dá importância à vida profissional e faz pressão para que isso aconteça.... facilmente se conclui que ao contrario dos nossos pais e avós em que a prioridade era constituir uma família e depois conseguir um bom trabalho para a sustentar, atualmente a prioridade dos nossos jovens é conseguir um bom trabalho e uma vida financeira boa.
O ranking das 50 maiores economias mundiais tem algumas surpresas. Portugal está à frente da Irlanda e atrás da Grécia ou da Turquia.
Fiquei surpreendido com a Turquia que está em 17º à frente da Holanda. A Alemanha é o primeiro país da Europa a aparecer nesta lista logo seguido da França.
Nesta lista dá para ver que os países que aposta na mão de obra barata até conseguem boas posições na lista ou aqueles que têm petróleo.
Sendo que, países que apostam na inovação, qualidade e tecnologia dominam o top 6º, com o Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido.
Sendo que a minha maior desilusão vai para a Noruega que apenas está no 23º sendo ultrapassada por países como a Holanda ou a Suécia.
Quais os países que os surpreenderam mais nesta lista?
Vou tentar explicar o meu ponto de vista entre programa cautelar e uma saída à Irlandesa, as vantagens e as desvantagens de forma muito simplista.
Saída à Irlandesa: Significa que vamos deixar de receber dinheiro do FMI, não estar dependentes do controlo e das normas da troika. O nosso financiamento passa exclusivamente pelos mercados, e são eles que ditam as regras. Teremos sempre algum controlo pelas instituições europeias de forma a garantir o pagamento dos empréstimos que temos vindo a receber por parte dessas instituições.
Programa Cautelar: Este programa é uma rede de segurança que garante financiamento a Portugal caso o regresso aos mercados seja feito com taxas de juro demasiado elevadas. Neste caso, o Banco Central Europeu e as instituições europeias vão exigir contrapartidas mas mais leves do que um segundo resgate.
Só devemos sair à Irlandesa se os mercados nos estiverem a emprestar dinheiro a juros aceitáveis e que sejam suportáveis, mas os mercados são muito influenciáveis.
Escolher sair à Irlandesa o mais provável é que os juros subam, pois os mercados sabem que nós vamos ficar completamente dependentes deles e se alguma coisa correr mal não temos outra forma de financiamento, ou seja, maior é o risco e maior são os juros que exigem.
Como disse, os mercados são muitos influenciáveis, quero com isto dizer, que se existir mais uma crise politica (ou mais uma birra politica), mais casos de corrupção, ou de má gestão de dinheiros públicos ( como sabemos isso é o prato do dia em Portugal) o juros vão subir e muito. Neste caso, não temos outra forma de financiamento a não ser pedir apoio às instituições europeias, voltamos ao inicio desde que veio a troika para Portugal.
Sair à Irlandesa sem ter um plano a médio e longo prazo, que seja realizado de forma conjunto com os maiores partidos da oposição para mim é um crime.
Reparem quem, até podemos traçar um caminho que possa ser "sustentável" a médio prazo, mas estamos quase em eleições e isso significa que o outro governo não tem nenhum compromisso em seguir o plano traçado pelo governo anterior. Ou seja, aos olhos dos mercados não temos nenhum plano a médio e longo prazo e isso representa um risco elevado, ou seja, um juro elevado que vamos ter que pagar.
Um programa cautelar significa que se por alguma razão (e temos muitas razões para pensar nisso) os mercados nos deixarem de emprestar dinheiro a juros que sejam aceitáveis temos uma outra alternativa, uma outra forma de financiamento.
Ao contrário da Irlanda, não temos um acordo a médio prazo entre os maiores partidos da oposição ( em vez disso, temos um sistema politico completamente corrupto e que apenas defendem os seus interesses), a nossa economia não é forte e o nossos sistema politico favorece a corrupção, a nossa justiça é escandalosa ( super influenciada pelos grandes grupos de interesse).... E com isto tudo querem ficar dependentes dos mercados que são muito sensiveis a tudo isto????
Há 4533 pensionistas a receber mais de 4000 euros por mês - o número mais do que quadruplicou em 10 anos. Em média, custam à Caixa Geral de Aposentações cerca de 20 milhões de euros por mês, ou seja, 285 milhões/ano.
Por outro lado, segundo os dados oficiais, a média dos primeiros seis meses do ano atira o valor da reforma em Portugal para os 397,17 euros por mês.
Em Bragança a média é de 293,60 euros, onde os reformados recebem valor abaixo do limiar da pobreza. A média das reformas para mulheres também está abaixo do limiar da pobreza.
O valor das pensões tem vindo a diminuir, com sucessivas revisões legislativas. Com as alterações introduzidas, espera-se que a pensão média sofra um corte de 40% a 50% até 2050 segundo estudos da OCDE e do Banco de Portugal.
Segundo um estudo realizado em 2008, Portugal é o país europeu com as pensões mais baixas, a seguir à Hungria e à República Checa, e tem ainda um desfasamento de menos 109 euros entre o que é recebido e o montante que seria necessário para fazer face às despesas domésticas.
Se existe dinheiro para pagar reformas milionárias, porque não existe dinheiro para subir as reformas que estão abaixo do limiar da pobreza?
E como é que se paga essas reformas milionárias se não temos dinheiro?
R: Para isso existe uma coisa chamada divida, pede-se dinheiro emprestado para pagar as reformas milionárias comprometendo várias gerações futuras.
Se a cp faz greve os utilizadores são prejudicados, se o pessoal da saúde faz greve são os utentes os prejudicados..... se no privado se faz greve são os próprios grevistas que são prejudicados - vão para a rua.
É isso que me chateia, nem vale a pena dizer que no público tem menos condições que o privado. Se um jovem recém-licenciado for trabalhar para o público vai ganhar 1070€ no mínimo no privado podes ganhar 500€, trabalhas 35 horas no público e no privado no mínimo 40 horas (eu sei que isso vai alterar e ainda bem ), no privado tens de demonstrar resultados, tens que ser produtivo e no público não é bem assim ( todos sabem que é mt mais fácil despedir no privado do que no público).
É um facto que no público sempre teve muitas mais regalias que no privado, mas mesmo assim estão sempre a fazer greves e isso vai prejudicar quem trabalha no privado e são esses que estão a pagar o salário a quem trabalha no público.
Enquanto que uns fazem isto.
Outros no mesmo dia e à mesma hora fazem isto
e ainda há outros que fazem isto
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