Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
A Alemanha consegue um emprestimo com juros negativos, isto é, quem empresta dinheiro a Alemanha não recebe os juros e no final perde dinheiro.
"Pela primeira vez na história para este prazo de empréstimos o mercado aceita emprestar dinheiro à Alemanha a 5 anos com taxas negativas. O governo federal alemão emitiu hoje obrigações do tesouro a 5 anos que foram subscritas a uma taxa ligeiramente negativa o que implica que em cada período de pagamento de juros ao longo destes 5 anos que decorrem até à devolução do capital emprestado, os credores aceitam perder um pouco do capital em vez de receberem juros."
Fonte: http://economiafinancas.com/
Isto só é possivel porque existe países em crise, por haver países em crise e sobre austeridade (e a Alemanha faz uma força para que isso aconteça para lucrar, obvio) é seguro emprestar dinheiro a Alemanha. Por e simplesmente não existe risco da Alemanha não pagar.
Já referi muitas vezes neste blog que a União Europeia é uma União Alema, ou que de UNIÃO Europeia tem muito pouco, que quem mais está a beneficiar com a crise é a Alemanha, que para a Alemanha a austeridade nos países em crise é sinonimo de mais lucro, para a Alemanha interesse haver países em crise.
Pode ver os meus comentários anteriores sobre como a Alemanha beneficia com a crise nos seguintes links:
Num dos post anteriores referi que o novo governo grego entrou da pior maneira, isto porque ganhou as eleições com promessas eleitorais que não podia cumprir. Post de opinião
Nas novas proposta apenas poderia optar por:
- Austeridade ( caminho mais fácil)
- Focar-se no problema ( como a corrupção)
- Sair do Euro
Na carta de intenções que a Grécia apresentou, parece que a escolha vai para a austeridade, do problema pouco se fala. Do que estive a ler das intenções do governo grego não existe nada de muito especifico, não se entra em grandes detalhes, a linguagem usada é de optimismo (mesmo que o resultado não seja muito animador) talvez para não assustar os gregos.
Despesa pública
Pois bem, parece que vai haver cortes na Saúde, na Educação, nas Autarquias e Benefícios Sociais, mas isto tudo vai ser bom pois vai melhorar a qualidade dos serviços médicos, assegurar o acesso universal aos serviços públicos - Parece um contraditório, optimismo para disfarçar austeridade.
Rever e controlar a despesa pública em todos os sectores (educação, defesa, transportes, autarquias e benefícios socais). Identificar poupanças em todas as áreas e racionalizar as despesas que não as de salários e de pensões- que o governo grego classifica de "espantosas" e quantifica em 56% da despesa total. Implementar legislação para o conseguir. Controlar a despesa com saúde e melhorar a qualidade dos serviços médicos. Assegurar o acesso universal ao serviços público de saúde.
Política fiscal
Reformar o IVA, racionalizar as taxas do IVA para maximizar as receitas, ou seja aumentar do IVA. Mas sem meter em causa um impacto negativo em termos de justiça social. Mais uma vez, parece austeridade disfarçada com otimismo para os gregos.
Reformar o IVA. O objectivo é promover o combate à fraude e evasão fiscais. O IVA será "racionalizado" no que toca às taxas deste imposto. Para isso, as taxas serão racionalizadas de uma forma que permita maximizar as receitas sem que isso provoque um impacto negativo em termos de justiça social, e que ao mesmo tempo limite as excepções existentes, ao eliminar vantagens consideradas que não sejam consideradas razoáveis. Rever códigos fiscais no investimento e no imposto sobre o rendimento. Alargar a definição de fraude e evasão fiscais, acabando com regras sobre imunidade fiscal.
Pensões
Corte nas pensões e nos incentivos à reforma antecipada ( existia incentivos?). Estabelecer um ligação entre os descontos e os rendimentos ( ou seja cortes significativos nas pensões).
O governo grego compromete-se a rever o sistema de pensões com o objectivo de o modernizar. Para isso, vai unificar e racionalizar as políticas dirigidas ao sistema de pensões e eliminar os incentivos exagerados à reforma antecipada em toda a economia e, principalmente, no sector público e bancário. Consolidar os fundos de pensões de forma a obter poupanças. Estabelecer uma ligação (próxima) entre os descontos para o sistema de pensões e o rendimento, racionalizando benefícios, reforçando os incentivos para que o trabalho remunerado seja declarado e providenciando assistência aos empregados entre os 50 e os 65 anos.
Corrupção
No maior problema grego, não se diz nada de concreto (ainda diz menos), não diz o que vai fazer, mas diz que o combate à corrupção vai ser um prioridade a nível nacional, mas o que é que ele vai fazer? Talvez vá um Audi a concurso para quem pedir faturas?
O Executivo quer transformar o combate à corrupção numa prioridade nacional, pondo em funcionamento um plano nacional. O Governo propõe-se a quantificar metas de receita decorrente da luta contra a corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de tabaco e combustíveis.
Administração Pública
Corte nos salários e não aumentar os salários como tinha prometido.
O Governo propõe-se a reformar a tabela salarial do Estado para descomprimir a actual distribuição salarial - "Racionalizar" - palavra que normalmente significa "cortar" - os benefícios em espécie para os funcionários públicos. O Governo vai reduzir o número de ministérios (de 16 para dez), o número de consultores externos do Governo, os benefícios salariais em espécie de todos os titulares de cargos públicos.
Reformas laborais
Expandir as politicas ativas de emprego como o trabalho temporário - Trabalho precário.
Expandir as políticas activas de emprego, como as que oferecem trabalho temporário e a prazo a pessoas desempregadas. Melhorar os programas de formação e reactivação de desempregados de longa duração. Sobre o salário mínimo, o Governo admite que a subida gradual é um objectivo, mas diz que será feita em concertação com os parceiros sociais e as instituições europeias e internacionais (a troika) - a ideia é subir de acordo com ganhos de produtividade.
Combate à pobreza
Prestações sociais em espécie como senhas para trocar por alimentos - Esmolas para quem tem fome.
O Governo mantém a sua intenção de minorar o impacto do aumento da pobreza nos últimos anos - mas assume que este combate à pobreza não terá impacto orçamental negativo. O pilar nesta área parecem ser prestações sociais em espécie (como senhas para trocar por alimentos, por exemplo). O Governo sugere a intenção de estender a todo o país o projecto piloto de Rendimento Mínimo Garantido.
O governo grego entrou da pior maneira, prometeu mais benefícios ( aumento de salários, contratação para a função pública, menos impostos) sabendo que não podia cumprir, ganhou as eleições através de promessas eleitorais ridículas. Como é possível alguém ganhar eleições num país extremamente endividado, que não tem dinheiro, que sobrevive com dinheiro emprestado, vir dizer que vai aumentar a divida e a solução é não pagar a divida que já tem e ao mesmo tempo quer mais dinheiro emprestado.
Acho que a Europa não é solidária, que a União Europeia de união tem muito pouco (União Alemã), mas é estúpido não querer pagar a divida que se tem e ao mesmo tempo pedir mais dinheiro a essas mesmas entidades. Ninguém, nenhuma instituição vai emprestar dinheiro a quem lhes deve e promete não pagar o que deve - opá é lógico
Como referi num dos post anteriores, era necessário medidas para combater o problema, focar-se no problema e não em como manter o problema. O grande problema é a corrupção, e é nesse problema que se devem focar e só depois nos outros problemas como aumentar a produtividade.
O governo grego começou da pior maneira, tinha a oportunidade de apresentar propostas para combater o problema, mas apostou no caminho mais fácil, o da austeridade. Por isto tudo acho que este governo não é a solução.
Este vídeo vai mostrar o quanto é importante para os políticos tu votares neles para as Eleições Europeias. Será que os políticos querem ser eurodeputados para nos defenderem???? Claro que não, fazem o menos possível e tem o máximo possível como podes ver no vídeo a seguir.
A França entrou oficialmente em recessão devido à quebra nas exportações. Poderá ser um lado positivo para Portugal, porque os motivos devem-se à queda de exportações em França, isso quer dizer que os europeus estão a reduzir no consumo (muito provavelmente devido à crise), e por sua vez os países exportadores como a França sentem isso.
A França tem a segunda maior economia da Europa, se começar a ter dificuldades, a Europa pode estar em perigo, a não ser que se mude de estratégia e que se comece a reduzir nas politicas de austeridade.
Ao contrário da Alemanha, a França não ganha nada com a crise de alguns países da Europa, nem com a austeridade. Pelo contrário só está a perder.
Agora a minha dúvida é: Sendo a França a segunda maior economia da Europa será que não tem peso nas decisões europeias???
Sabemos que com a entrada de actual presidente da França todos nós pensávamos que as politicas europeias iam mudar, uma vez que o presidente francês defendia o investimento e era contra a austeridade. Mas a verdade é que nada mudou e Alemanha consegui dominar a Europa.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.