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Mapa coloca os países de acordo com o tamanho da sua dívida, nunca vi Portugual tão grande no Mapa.
o site de informações de custos HowMuch.Net criou um mapa em que os países têm tamanho equivalente ao da sua relação dívida/PIB. A escala de cor mostra a taxa de crescimento em 2014.
Portugal tem uma dívida enorme, apenas existe 4 países no mundo à frente de Portugal no que toca a divida.
Apresento a lista dos 14 países mais endividados, mas para surpresa de muitos, muitos desses países são bem vistos no mundos das finanças.
E como quem faz um país não é apenas o Estado, mas também as famílias e as empresas, esta lista tem em conta a divida do Estado, famílias e empresas.
De ter em conta que Portugal está em quarto lugar, atrás do Japão, Irlanda e Singapura. No caso português a maior fatia da divida pertence ao Estado, mas não se pode dizer que a dívida é apenas do Estado, até porque existe uma participação significativa das empresas e famílias.
Obviamente que existe outros fatores a ter em conta para avaliar a situação financeira de um país, como prazos, capacidade de produção, juros a pagar...
1- Japão 400% do PIB
Governo | 234% |
Empresas | 101% |
Famílias | 65% |
2. Irlanda: 390% do PIB
Governo | 115% |
Empresas | 189% |
Famílias | 85% |
3. Singapura: 382% do PIB
Governo | 105% |
Empresas | 201% |
Famílias | 76% |
4. Portugal: 358% do PIB
Governo | 148% |
Empresas | 127% |
Famílias | 83% |
5. Bélgica: 327% do PIB
Governo | 135% |
Empresas | 136% |
Famílias | 56% |
6. Holanda: 325% do PIB
Governo | 83% |
Empresas | 127% |
Famílias | 115% |
7. Grécia: 317% do PIB
Governo | 183% |
Empresas | 68% |
Famílias | 65% |
8. Espanha: 313% do PIB
Governo | 132% |
Empresas | 108% |
Famílias | 73% |
9. Dinamarca: 302% do PIB
Governo | 60% |
Empresas | 114% |
Famílias | 129% |
10. Suécia: 290% do PIB
Governo | 42% |
Empresas | 165% |
Famílias | 82% |
11. França: 280% do PIB
Governo | 104% |
Empresas | 121% |
Famílias | 56% |
12. Itália: 259% do PIB
Governo | 139% |
Empresas | 77% |
Famílias | 43% |
13. Reino Unido: 252% do PIB
Governo | 92% |
Empresas | 74% |
Famílias | 86% |
14. Noruega: 244% do PIB
Governo | 34% |
Empresas | 86% |
Famílias | 124% |
Os números são de um relatório da McKinsey e se referem ao segundo trimestre de 2014.
Depois das negociações da Grécia os resultados são os menos maus e os menos bons, isto é, fica tudo na mesma.
O novo governo Grego mostrou que está disposto a tentar cumprir o que prometeu nas eleições (mesmo sabendo que as suas promessas eleitorais eram impossíveis de cumprir). Mesmo não conseguido renegociar a divida, mesmo não conseguindo por fim à austeridade, consegue mais tempo para apresentar novas medidas de austeridade (ou não) para reduzir a divida.
Na minha opinião o governo Grego ainda não mostrou trabalho mas já mostrou ter vontade. Neste momento tudo vai depender das propostas que vai apresentar que podem ser:
- Mais austeridade, neste caso o governo Grego apenas segue o caminho mais fácil (assim como Portugal está a fazer.)
- As proposta estão focalizadas nos problemas reais da Grécia nos problemas que originaram a crise grega. ( É sempre o caminho mais difícil, terminar com a corrupção, com os desvios de dinheiro, enfrentar os poderosos... mas podem ser a solução)
- Enfrentar a Europa e as entidades credoras dizendo não pagam e não aceitam as condições impostas, consequencia, saída do Euro e um mundo de incertezas com muitos muitos riscos para a Grécia. (Por momentos pensem que era este o caminho que o novo governo Grego iria seguir.)
Como já referi anteriormente o governo Grego começou da pior maneira, prometendo melhores condições para os Gregos ( aumento dos salários, redução de impostos...) e a solução era não pagar aos credores ( renegociação da divida), prometeu o impossível, mas a verdade é que prometeu e tentou o impossível. O facto de ter tentado cumprir o que prometeu (mesmo sendo impossível) já não é mau. Este governo não entrou da melhor maneira, mas ainda pode apresentar soluções possíveis e desta vez focadas nos problemas gregos. A minha opinião sobre o governo grego vai depender nas suas prioridades nas novas propostas.
Eu sou contra a renegociação da divida para manter o problema, mas sou a favor e acho justo a renegociação da divida se o objetivo principal for resolver os principais problemas Gregos (combate à corrupção).
-Dias antes das eleições gregas os bancos perderam 14 mil milhões em depósitos que se traduz no medo dos gregos em perder o dinheiro investido em depósitos.
-Os juros da divida grega a dez anos está nos 12,5% que tendem a aumentar (juros da divida portuguesa está nos 2,5%)
-A bolsa grega perde 11% desde a vitória de Syriza
-A Grécia vai no segundo resgate, provavelmente a caminho do terceiro, Portugal teve um único resgate. A Grécia já pediu 300 mil milhões de euros, Portugal 78 mil milhões de euros
O grande vencedor das eleições foi Syriza, ganhou muito pelas suas promessas eleitorais como:
- Renegociar a dívida de quase R$ 700 bilhões resultante da ajuda recebida pela Grécia de três organismos internacionais - União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional.
-Aumento do salário mínimo de 580 para 751 euros
- Baixar impostos
Syriza ganha eleições a prometer o que não pode cumprir, as suas promessas eleitorais implicam aumentar ainda mais a divida e pedir aos credores o perdão da divida já criada. Pretende fazer frente às instituições que está completamente dependente e que não pode sobreviver sem o dinheiro destas. Mas mesmo assim ganha as eleições sem pretender enfrentar o problema que originou a crise Grega.
A Grécia está na situação que está (assim como Portugal) devido à corrupção, ao aumento constante da divida para favorecer corruptos, desvios de dinheiro. A Europa (Alemanha) pode perdoar a divida, mas o problema vai continuar se este não for enfrentado. A Grécia no ranking dos países mais corruptos está no nº1, Portugal ocupa o 3º lugar.
Não enfrentar o problema, prometer o que não pode cumprir, enfrentar as instituições que está completamente dependente e pedir perdão para resolver os problemas, não é a solução.
O Banco Central Europeu anunciou esta quinta-feira que vai comprar dívida no valor de 60 mil milhões de euros por mês aos bancos dos países da Zona Euro.
Ao comprar dívida pública, o BCE vai dar dinheiro aos bancos, que ficam com mais capacidade para conceder créditos a privados (empresas e famílias) – essencialmente, o que Mario Draghi espera que aconteça.
Subindo o consumo, sobem os preços e a inflação (que é o aumento generalizado dos preços) e afasta-se o perigo de deflação.
fonte: http://rr.sapo.pt/
Dar dinheiro aos bancos em vez de dar dinheiro às famílias? A solução passa por endividar as famílias e as empresas privadas? Foi esta a grande solução encontrada pelo BCE?
Se o objetivo é aumentar o consumo porque não aumentar os salários? porque não investir nas pessoas em vez de investir nos bancos?
O BCE ao comprar dívida aos bancos, quais vão ser as garantias que estes vão beneficiar as familias?
Há 4533 pensionistas a receber mais de 4000 euros por mês - o número mais do que quadruplicou em 10 anos. Em média, custam à Caixa Geral de Aposentações cerca de 20 milhões de euros por mês, ou seja, 285 milhões/ano.
Por outro lado, segundo os dados oficiais, a média dos primeiros seis meses do ano atira o valor da reforma em Portugal para os 397,17 euros por mês.
Em Bragança a média é de 293,60 euros, onde os reformados recebem valor abaixo do limiar da pobreza. A média das reformas para mulheres também está abaixo do limiar da pobreza.
O valor das pensões tem vindo a diminuir, com sucessivas revisões legislativas. Com as alterações introduzidas, espera-se que a pensão média sofra um corte de 40% a 50% até 2050 segundo estudos da OCDE e do Banco de Portugal.
Segundo um estudo realizado em 2008, Portugal é o país europeu com as pensões mais baixas, a seguir à Hungria e à República Checa, e tem ainda um desfasamento de menos 109 euros entre o que é recebido e o montante que seria necessário para fazer face às despesas domésticas.
Se existe dinheiro para pagar reformas milionárias, porque não existe dinheiro para subir as reformas que estão abaixo do limiar da pobreza?
E como é que se paga essas reformas milionárias se não temos dinheiro?
R: Para isso existe uma coisa chamada divida, pede-se dinheiro emprestado para pagar as reformas milionárias comprometendo várias gerações futuras.
Esta foi alguns dos comentários que eu já ouvi por ai, há quem diga que os esforços por que estamos agora a passar foi para formar os nossos jovens, pior, já ouvi comentários em que dizem que foi a geração anterior que pagou a minha licenciatura.
Isso não só é mentira como chega a ser estupido. Quanto mais poder-se-á dizer que uma parte do indevidamente foi para pagar a formação dos jovens de agora, contudo, quem vai pagar essa divida vão ser esses mesmos jovens.
Acho que não vale a pena entrar em conflito com as novas gerações ou com as gerações passadas, pois grande parte da nossa divida não foi responsabilidade “nossa”, no sentido que não foi o comum dos cidadãos que tomou as decisões que arruinaram o país. Quanto muito, a responsabilidade é das gerações passadas por aceitar as decisões políticas, mas também será das gerações mais jovens, pois pouco ou nada mudou e não é por isso que as gerações mais jovens (que estão a ser mais castigadas) recusem as politicas atuais.
É sabido que grande parte do endividamento não resultou na melhoria da população (que deveria ser o caso), mas sim em, estradas, parcerias público-privada, corrupção entre muitas outras. Não faz sentido, que Portugal seja um dos países com mais estradas e que seja um dos países que menos trafego tem nas estradas.
O grande problema é a forma como estamos a ser “representados” (ou melhor, quem deveria estar a representar-nos, apenas representa os seus interesses) e a forma como nos tem escondido a situação actual. Veja-se o exemplo da Madeira, em que o Sr presidente da ilha conseguiu manter-se no poder por mais de 33 anos, e como? Fazendo obras injustificadas e principalmente escondendo a divida que tinha.
É necessário que a política mude, não é aceitável que não exista informação disponível para os cidadãos sobre a situação real do país.
Quantos de vós sabem a situação financeira real do vosso município?
Para que serve o orçamento do estado? Se depois existe total possibilidade de não o cumprir, ou de fazer parcerias que contribuem para o endividamento?
E que tal, digo eu, existir um entidade (independente) que regule e que disponibilize de forma clara e acessível a todos os portugueses a situação real do país e avalie o cumprimento do Orçamento de Estado.
Não é por nada, mas desde que me lembre, todos os partidos políticos prometem descer os impostos, aumentar salários, reduzir o desemprego e assim que chegam ao governo fazem exactamente o contrario com a desculpa de que não sabiam a situação que o país se encontrava.
Se eles “não sabem” a situação real em que Portugal se encontra como é que um comum cidadão poderá saber para tomar a decisão em quem votar.
Como é que é permitido que essa desculpa possa ser aceite legalmente? Como é possível um partido politico dizer uma coisa para ganhar votos e depois fazer outra completamente diferente? Eu acho que os partidos deveriam ser responsabilizados.
Se no nosso trabalho somos responsabilizados pelo mau desempenho, porque é que um partido promete, define metas e que depois não chega a essas mesmas metas e nada acontece?
Eu acho que todos os partidos que ganhem eleições com mentiras deveriam ser punidos, mas isso sou eu a pensar.
A jornal económico publicou esta noticia online: Alemanha poupou 80 mil milhões com crise
É sabido que a Alemanha tem mais vantagens com esta crise do que desvantagens. Por um lado consegue poupar muitos milhões enquanto que os países em crise (grande parte da Europa) se afunda.
Mas se por uma lado a Alemanha consegue poupar 80 mil milhões, Portugal não consegue baixar a sua divida que já vai em mais de 199 mil milhões.
Mas de quem é a culpa? Será da Alemanha?
De certa forma eu acho que sim, mas por um lado eles só estão a defender os interesses do seu país, eles não tem a culpa de ter políticos mais "inteligentes" de que os outros. Mas por outro lado eles estão na União Europeia que de União sempre teve muito pouco na verdade.
Não sou grande economista, mas vou opinar sobre o que se está a passar.
Alemanha consegue poupar 80 mil milhões, isto porque, com a Europa em crise os investidores vem como uma certeza que podem emprestar dinheiro à Alemanha que eles vão pagar, quanto menos o risco menos os juros cobrados ao país. Para a Alemanha é preferível que uma parte da Europa esteja em crise, assim vão conseguir mais dinheiro a juros muito mais baixos. Por outro lado ninguém vai emprestar dinheiro aos países em crise, coisa que a Alemanha pode fazer, mas a juros mais elevados. Se por uma lado emprestam dinheiro à Alemanha a juros muito baixos, a Alemanha empresta o dinheiro aos países em crise a juros mais elevados.
Mas o que é que países como Portugal podem fazer?
Portugal tem um risco mais elevado do que os outros países da Europa, isto é, a probabilidade de Portugal não pagar o que deve é maior. E se os investidores vem Portugal como um maior risco em não pagar, então vão emprestar dinheiro a juros muito mais elevados, quase insuportável para Portugal. E nestas condições Portugal foi obrigado a pedir ajuda externa à dita "troika" . Acontece que a troika para emprestar dinheiro a juros mais baixos estabelece condições, condições que já todos nós conhecemos ou estamos a pagar na pele.
Se por uma lado Portugal precisa de dinheiro para investir na economia e sair da crise ( e este dinheiro vem da troika, e não nos podemos esquecer que se não fosse a troika não tínhamos dinheiro para pagar aos funcionários públicos que andam em manifs) por outro lado a troika pede ( obriga) para diminuir a despesa do estado ( desemprego nos funcionários públicos), obriga a subir as receitas do estado ( aumento dos impostos) etc... coisas que não fazem nada bem à economia.
Eu só vejo uma saída da crise, e a saída é politicas inteligentes ( mas para isso é preciso políticos competentes). Não tenho dúvidas que se Portugal apresentar alternativas (credíveis) de como chegar às metas da troika sem prejudicar desta forma a economia, a troika vai aceitar. Não nos podemos esquecer que as pessoas da troika não são políticos e que não tem relações emocionais com Portugal, estão se pouco marinando para as dificuldades dos portugueses, apenas querem emprestar dinheiro e ter a certeza que lhes vão pagar de volta com juros( custo o que custar).
É preciso apresentar alternativas credíveis à troika, o que me chateia é que nós estamos a pagar o vencimento a tantos ministros, políticos, economistas, auditores..... e não conseguem encontrar alternativas.
É preciso alguém analisar a situação de Portugal, ver o que Portugal têm de bom e de mau ( e Portugal tem muitas coisas boas) e criar um plano uma alternativa credível.
O que me chateia é que Portugal tem muita coisa boa e que não estão a ser aproveitadas, mas afinal o que Portugal tem de bom?
-Tem pessoas qualificadas (e competentes que estão a sair de Portugal).
-Tem pessoas qualificadas a preços externamente acessíveis, assim como pessoas não qualificadas, por outras palavra mão de obra barata ( é uma coisa boa para quem procura investir do lado de fora, infelizmente para os portugueses não é uma coisa boa, mas um é uma realidade e deve ser aproveitada com uma vantagem competitiva.)
-Tem recursos naturais ( não tem petróleo nem diamantes, mas condições muito boas para a agricultura)
- A língua portuguesa é uma das mais faladas no mundo ( este facto não é aproveitado)
- Tem uma grande costa marinha
- Está bem situado ( depende a perspectiva, mas Portugal pode ser a entrada da Europa para os países da América ou até mesmo de África e a porta de saída da Europa para os países da América ou África. )
- E muitas outras coisas...
Porque é que Portugal não pega nas coisas boas e não cria um plano estratégico de modo a atrair investidores, porque não dá a conhecer as coisa boas que tem aos outros países?
-Porque não juntar os agricultores em determinadas zonas e produzir apenas um produto em grande escala para ser mais competitivo?
-Porque não olha para o futuro? Porque é que países quem tem petróleo (como o Brasil) produzem plantas para fazer biodisel e Portugal que não tem Petróleo e tem condições para produzir biodisel não produz?
-Porque é que vários "portos" para receber cruzeiros e grandes navios dão lucro e não se investe? ou se vende esses portos?
-Porque é que Portugal tem boas relações com países ricos e da mesma língua e não aproveita da melhor forma essas relações?
É verdade, para criar estes e muitos outros projectos precisamos de dinheiro que não temos. Mas eu sempre ouvi dizer, que se tiveres uma ideia credível e viável, não vai faltar quem queira investir nela. Estamos dependentes da troika mas isso não impede de criar projectos credíveis e que atraem investidores externos.
Como é que achas que Portugal pode sair da crise? Tens ideias? o que achas-te da minha opinião? Não concordas? então comenta.
(tenho tantas ideias e opiniões para dar, mas vou parar por aqui se não estou nisto o dia todo)
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