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As novas propostas do governo Grego.

por ., em 24.02.15

Num dos post anteriores referi que o novo governo grego entrou da pior maneira, isto porque ganhou as eleições com promessas eleitorais que não podia cumprir.  Post de opinião

 

Nas novas proposta apenas poderia optar por: 

- Austeridade ( caminho mais fácil)

- Focar-se no problema ( como a corrupção)

- Sair do Euro

 

Na carta de intenções que a Grécia apresentou, parece que a escolha vai para a austeridade, do problema pouco se fala. Do que estive a ler das intenções do governo grego não existe nada de muito especifico, não se entra em grandes detalhes, a linguagem usada é de optimismo (mesmo que o resultado não seja muito animador) talvez para não assustar os gregos.

 

Despesa pública

Pois bem, parece que vai haver cortes na Saúde, na Educação, nas Autarquias e Benefícios Sociais, mas isto tudo vai ser bom pois vai melhorar a qualidade dos serviços médicos, assegurar o acesso universal aos serviços públicos - Parece  um contraditório, optimismo para disfarçar austeridade. 

Rever e controlar a despesa pública em todos os sectores (educação, defesa, transportes, autarquias e benefícios socais). Identificar poupanças em todas as áreas e racionalizar as despesas que não as de salários e de pensões- que o governo grego classifica de "espantosas" e quantifica em 56% da despesa total. Implementar legislação para o conseguir. Controlar a despesa com saúde e melhorar a qualidade dos serviços médicos. Assegurar o acesso universal ao serviços público de saúde.

 

 

Política fiscal

Reformar o IVA, racionalizar as taxas do IVA para maximizar as receitas, ou seja aumentar do IVA. Mas sem meter em causa um impacto negativo em termos de justiça social. Mais uma vez, parece austeridade disfarçada com otimismo para os gregos.


Reformar o IVA. O objectivo é promover o combate à fraude e evasão fiscais. O IVA será "racionalizado" no que toca às taxas deste imposto. Para isso, as taxas serão racionalizadas de uma forma que permita maximizar as receitas sem que isso provoque um impacto negativo em termos de justiça social, e que ao mesmo tempo limite as excepções existentes, ao eliminar vantagens consideradas que não sejam consideradas razoáveis. Rever códigos fiscais no investimento e no imposto sobre o rendimento. Alargar a definição de fraude e evasão fiscais, acabando com regras sobre imunidade fiscal.

 

Pensões

Corte nas pensões e nos incentivos à reforma antecipada ( existia incentivos?). Estabelecer um ligação entre os descontos e os rendimentos ( ou seja cortes significativos nas pensões). 

O governo grego compromete-se a rever o sistema de pensões com o objectivo de o modernizar. Para isso, vai unificar e racionalizar as políticas dirigidas ao sistema de pensões e eliminar os incentivos exagerados à reforma antecipada em toda a economia e, principalmente, no sector público e bancário. Consolidar os fundos de pensões de forma a obter poupanças. Estabelecer uma ligação (próxima) entre os descontos para o sistema de pensões e o rendimento, racionalizando benefícios, reforçando os incentivos para que o trabalho remunerado seja declarado e providenciando assistência aos empregados entre os 50 e os 65 anos.

 

Corrupção

No maior problema grego, não se diz nada de concreto (ainda diz menos), não diz o que vai fazer, mas diz que o combate à corrupção vai ser um prioridade a nível nacional, mas o que é que ele vai fazer? Talvez vá um Audi a concurso para quem pedir faturas? 

 

O Executivo quer transformar o combate à corrupção numa prioridade nacional, pondo em funcionamento um plano nacional. O Governo propõe-se a quantificar metas de receita decorrente da luta contra a corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de tabaco e combustíveis.

 

Administração Pública

Corte nos salários e não aumentar os salários como tinha prometido. 

O Governo propõe-se a reformar a tabela salarial do Estado para descomprimir a actual distribuição salarial - "Racionalizar" - palavra que normalmente significa "cortar" - os benefícios em espécie para os funcionários públicos. O Governo vai reduzir o número de ministérios (de 16 para dez), o número de consultores externos do Governo, os benefícios salariais em espécie de todos os titulares de cargos públicos.

 

Reformas laborais

Expandir as politicas ativas de emprego como o trabalho temporário - Trabalho precário. 


Expandir as políticas activas de emprego, como as que oferecem trabalho temporário e a prazo a pessoas desempregadas. Melhorar os programas de formação e reactivação de desempregados de longa duração. Sobre o salário mínimo, o Governo admite que a subida gradual é um objectivo, mas diz que será feita em concertação com os parceiros sociais e as instituições europeias e internacionais (a troika) - a ideia é subir de acordo com ganhos de produtividade. 

 

Combate à pobreza

Prestações sociais em espécie como senhas para trocar por alimentos - Esmolas para quem tem fome. 


O Governo mantém a sua intenção de minorar o impacto do aumento da pobreza nos últimos anos - mas assume que este combate à pobreza não terá impacto orçamental negativo. O pilar nesta área parecem ser prestações sociais em espécie (como senhas para trocar por alimentos, por exemplo). O Governo sugere a intenção de estender a todo o país o projecto piloto de Rendimento Mínimo Garantido.

 

O governo grego entrou da pior maneira, prometeu mais benefícios ( aumento de salários, contratação para a função pública, menos impostos) sabendo que não podia cumprir, ganhou as eleições através de promessas eleitorais ridículas. Como é possível alguém ganhar eleições num país extremamente endividado, que não tem dinheiro, que sobrevive com dinheiro emprestado, vir dizer que vai aumentar a divida e a solução é não pagar a divida que já tem e ao mesmo tempo quer mais dinheiro emprestado. 

 

Acho que a Europa não é solidária, que a União Europeia de união tem muito pouco (União Alemã), mas é estúpido não querer pagar a divida que se tem e ao mesmo tempo pedir mais dinheiro a essas mesmas entidades. Ninguém, nenhuma instituição vai emprestar dinheiro a quem lhes deve e promete não pagar o que deve - opá é lógico

 

Como referi num dos post anteriores, era necessário medidas para combater o problema, focar-se no problema e não em como manter o problema. O grande problema é a corrupção, e é nesse problema que se devem focar e só depois nos outros problemas como aumentar a produtividade. 

 

O governo  grego começou da pior maneira, tinha a oportunidade de apresentar propostas para combater o problema, mas apostou no caminho mais fácil, o da austeridade. Por isto tudo acho que este governo não é a solução. 

 

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publicado às 19:10

Negociações da Grécia tem resultado menos mau e menos bom... e agora?

por ., em 22.02.15

 

Depois das negociações da Grécia os resultados são os menos maus e os menos bons, isto é, fica tudo na mesma. 

O novo governo Grego mostrou que está disposto a tentar cumprir o que prometeu nas eleições (mesmo sabendo que as suas promessas eleitorais eram impossíveis de cumprir). Mesmo não conseguido renegociar a divida, mesmo não conseguindo por fim à austeridade, consegue mais tempo para apresentar novas medidas de austeridade (ou não) para reduzir a divida. 

 

Na minha opinião o governo Grego ainda não mostrou trabalho mas já mostrou ter vontade. Neste momento tudo vai depender das propostas que vai apresentar que podem ser:

- Mais austeridade, neste caso o governo Grego apenas segue o caminho mais fácil (assim como Portugal está a fazer.)

- As proposta estão focalizadas nos problemas reais da Grécia nos problemas que originaram a crise grega. ( É sempre o caminho mais difícil, terminar com a corrupção, com os desvios de dinheiro, enfrentar os poderosos... mas podem ser a solução) 

- Enfrentar a Europa e as entidades credoras dizendo não pagam e não aceitam as condições impostas, consequencia, saída do Euro e um mundo de incertezas com muitos muitos riscos para a Grécia. (Por momentos pensem que era este o caminho que o novo governo Grego iria seguir.)

 

Como já referi anteriormente o governo Grego começou da pior maneira, prometendo melhores condições para os Gregos ( aumento dos salários, redução de impostos...) e a solução era não pagar aos credores ( renegociação da divida), prometeu o impossível, mas a verdade é que prometeu e tentou o impossível. O facto de ter tentado cumprir o que prometeu (mesmo sendo impossível) já não é mau. Este governo não entrou da melhor maneira, mas ainda pode apresentar soluções possíveis e desta vez focadas nos problemas gregos. A minha opinião sobre o governo grego vai depender nas suas prioridades nas novas propostas. 

 

Eu sou contra a renegociação da divida para manter o problema, mas sou a favor e acho justo a renegociação da divida se o objetivo principal for resolver os principais problemas Gregos (combate à corrupção). 

 

 

 

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publicado às 11:11

Grécia: Eu sou contra Syriza .

por ., em 01.02.15

-Dias  antes das eleições gregas os bancos perderam 14 mil milhões em depósitos que se traduz no medo dos gregos em perder o dinheiro investido em depósitos. 

-Os juros da divida grega a dez anos está nos 12,5% que tendem a aumentar (juros da divida portuguesa está nos 2,5%)

-A bolsa grega perde 11% desde a vitória de Syriza

-A Grécia vai no segundo resgate, provavelmente a caminho do terceiro, Portugal teve um único resgate. A Grécia já pediu 300 mil milhões de euros, Portugal 78 mil milhões de euros

 

O grande vencedor das eleições foi Syriza, ganhou muito pelas suas promessas eleitorais como:

- Renegociar a dívida de quase R$ 700 bilhões resultante da ajuda recebida pela Grécia de três organismos internacionais - União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional.

-Aumento do salário mínimo de 580 para 751 euros

- Baixar impostos 

 

Syriza ganha eleições a prometer o que não pode cumprir, as suas promessas eleitorais implicam aumentar ainda mais a divida e pedir aos credores o perdão da divida já criada. Pretende fazer frente às instituições que está completamente dependente e que não pode sobreviver sem o dinheiro destas. Mas mesmo assim ganha as eleições sem pretender enfrentar o problema que originou a crise Grega. 

 

A Grécia está na situação que está (assim como Portugal) devido à corrupção, ao aumento constante da divida para favorecer corruptos, desvios de dinheiro. A Europa (Alemanha) pode perdoar a divida, mas o problema vai continuar se este não for enfrentado. A Grécia no ranking dos países mais corruptos está no nº1, Portugal ocupa o 3º lugar. 

 

Não enfrentar o problema, prometer o que não pode cumprir, enfrentar as instituições que está completamente dependente e pedir perdão para resolver os problemas, não é a solução. 

 

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publicado às 11:32

O que vai mudar na função Pública?

por ., em 09.06.13

 

Ontem fiz um post em que abordei algumas das regalias que a função publica têm, salário, ferias, horas de trabalho, etc. 

 

A Visão lança uma noticia onde explica com imagens tudo o que vai mudar na função pública, podem ver aqui. 

 

Objectivo do Passos Coelho é alterar essas mesmas regalias aproximando o público do privado. Eu acho bem que assim seja, pois não faz sentido estar a pagar essas mesmas regalias á função pública principalmente em tempos de crise.

 

Tenho pena é que esta aproximação do privado à função pública não seja por outra via, manter exactamente a função pública como está melhorar as condições no privado. 

 

 

 

Em tempos de crise, há muitas pessoas a ser exploradas, muitas pessoas que arriscam as vidas para conseguir comer. Acho que Portugal já que tem oportunidade de ir atrás da Grécia, podia tentar evitar ao máximo o que vai acontecer, aumento de prostituição jovem, aumento do consumo de drogas....

 

 

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publicado às 11:28



"A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo."

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