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O diploma chumbado pelo Tribunal Constitucional - que apontava à convergência das regras das pensões da Caixa Geral de Aposentações (CGA) com as da Segurança Social - abre um ‘buraco' de cerca de 710 milhões de euros no Orçamento do próximo ano.
Essa era a poupança prevista pelo Governo com vista a atingir uma redução do défice até 4% do PIB em 2014. A convergência das pensões era uma das mais importantes fontes de consolidação no próximo ano.
E agora o que vamos fazer? onde vamos buscar os 710 milhões?
Será que vamos buscar esse dinheiro aos responsáveis dos 7 mil milhões que custou o BPN? ou dos responsáveis dos 6 mil milhões do buraco no sistema de saúde que beneficiou entidades privadas? talvez vamos buscar esse valor aos responsáveis de quem beneficiou com os swaps? ou talvez vamos buscar esse dinheiro à banca que temos andado a financiar? Fica a questão e a dúvida.
Uma coisa é certa, nunca e já mais se vai buscar aos mais fracos através de impostos e muito menos aumentar o iva nos produtos de de primeira necessidade....
Para aqueles que não perceberam, este texto foi realizado com muita ironia, e se vamos ser nós a pagar esses 710 milhões é porque assim primitimos e nada fazemos para meter fim a isto.
Não penses que os políticos são os únicos corruptos, porque quem está a financiar a corrupção somos nós.
Pensões de sobrevivência engana logo pelo nome, ou seja, essas pensões não têm como objetivo que alguém com menos rendimentos possa sobreviver.
A pensão de sobrevivência é a prestação atribuída a viúvas e viúvos, com o objetivo de compensar a perda de rendimentos de trabalho resultante da morte do cônjuge, significando na maioria dos casos um pagamento de 60 ou 70% do valor da pensão.
Acontece que há pessoas a receber pensões de sobrevivência e que tem rendimentos elevados, em alguns casos, existe pessoas a receber a sua reforma que pode ser superior (por exemplo) a 4000€ e ainda recebe uma outra pensão (pensão de sobrevivência) por um dos conjugues ter falecido.
O que acontece em Portugal com o sistema de reformas é que, em vez de ser um complemento para que a pessoa ( que já não trabalha) possa viver, é uma forma para algumas pessoas enriquecerem e outras sobreviverem ( no verdadeiro sentido da palavra).
Em Portugal o sistema de pensões permite que:
-Algumas pessoas possam enriquecer
-Algumas pessoas possam viver
-Algumas pessoas possam sobreviver (no verdadeiro sentido da palavra)
O que fazia sentido, seria que o sistema de pensões permitisse ou que fosse uma forma para que uma pessoa que (já está reformada) pudesse viver.
Acho que faz todo o sentido acabar com as duas formas oposta que o sistema de pensões permite, ou seja, acabar com o sistema de pensões que permite enriquecer e com o sistema de pensões que permite sobreviver.
Por outras palavras, acabar com as reformas que se podem juntar a outras reformas e mais reformas que já são elevadas, e com isso permitir subir o valor das reformas de 200€ ou das pessoas carenciadas que não tem outros rendimentos. Por outras palavras, tirar de quem está a enriquecer com as pensões e transferir para quem mal consegue sobreviver com as pensões.
Não sei se é esse o objetivo do governo ( o que não me parece), mas mesmo que seja, será muito dificil de conseguir implementar um sistema de reformas justo em Portugal, ora pelo tribunal constitucional, ora pelos grupos de interesse, ora pela ganancia das pessoas, ora pela ausencia de solidariedade do povo português, ora pela....
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